Na última quinta-feira-, 26/11, o GoNext Fórum, evento que conta com a presença de CEOs e Presidentes de Conselhos, recebeu o convidado Marcelo Azevedo, Gerente de Análise Econômica da CNI, Confederação Nacional da Indústria. Marcelo dividiu com os presentes as perspectivas e os desafios para 2021 em relação ao período de transição para a retomada do crescimento, um assunto de extrema relevância no pós-pandemia.
O palestrante iniciou o encontro evidenciando os números de 2020, em como estava o cenário antes da pandemia atingir o Brasil, em março. De acordo com Marcelo, o país vinha se recuperando gradualmente da forte crise que iniciou em 2014 e se estendeu até 2016. Mesmo que, no caso da indústria, a recuperação estivesse bastante lenta, as projeções para 2020 eram bastante positivas.
“Já no início do ano, com a Ásia sofrendo com os impactos da Covid-19 desde dezembro do ano passado, os primeiros indícios de que o problema seria muito maior que o esperado começaram a aparecer. A indústria, sobretudo a de eletrônicos, começou a sofrer pela crescente falta de componentes, ocasionando uma forte queda sem precedentes de produção, vendas e volume de serviços”, comentou.
“O efeito da falta de matéria-prima na indústria foi imediato, nem deu tempo de acumular estoques e isso agravou ainda mais a situação, ocasionando uma agressiva diminuição das vendas”, enfatiza Marcelo. Por outro lado, a recuperação também tem sido bastante forte e rápida, sendo os últimos meses de agosto e setembro um reflexo positivo para a economia.
Desafios para 2021, a retomada para o crescimento
Para Marcelo, um dos principais problemas para o Brasil voltar a crescer é a competitividade. O país possui muitos problemas com taxas, tributação e sistema logístico, o que dificulta muito todo o processo. “Assim que o Brasil voltar a crescer com o passar da crise, nós voltaremos a esbarrar nessas velhas questões”.
“Um ponto positivo que pode ser destacado são as taxas de juros, que atualmente estão no menor nível da série histórica”.
Em contrapartida, o elevado desequilíbrio fiscal é um fator determinante para a retomada do crescimento, que na opinião do convidado, só perde em nível de preocupação para uma possível segunda onda de casos no país, como tem acontecido com grande expressão na Europa.
Em relação aos insumos, Marcelo compartilhou com os presentes uma sondagem especial elaborada pela CNI, que pode trazer uma luz sobre o problema de matéria-prima para o próximo ano, incluindo o panorama de indústrias de pequeno, médio e grande porte, de diferentes segmentos.
Após a apresentação dos números, os participantes do evento puderam fazer perguntas ao convidado, o que gerou um rico e importante debate sobre o que podemos esperar no próximo ano. Quer fazer parte deste seleto grupo, participar dos encontros e debater sobre temas atuais e de extrema importância para os negócios? Acesse https://bit.ly/3dQWHH0 e saiba como garantir sua presença.