O fórum GoNext Herdeiros & Sucessores realizado no dia 14 de outubro, quinta-feira, colocou futuros líderes da gestão em empresas familiares em conexão direta, pelo Zoom, com Maximiliano Carlomagno, sócio-fundador da Innoscience, consultoria de inovação corporativa para falar sobre o papel do Conselho na Governança da Inovação.
O tema do encontro teve como objetivo amadurecer, na mentalidade dos membros do fórum, uma visão integrada, estratégica e gerenciável da “Governança da Inovação: O Papel do Conselho e Gestão da Inovação Corporativa”.
O especialista convidado trabalha há mais de 15 anos com consultoria executiva na área de inovação e é autor do livro Gestão da Inovação na Prática.
Hoje, atua como colunista da MIT Sloan Management Review Brasil, Presidente do Comitê de Inovação da AMCHAM-Brasil e Investidor Anjo da WOW Aceleradora.
Desde 2006, por meio da Innoscience, implementou projetos e apoiou a inovação corporativa em mais de 200 empresas, dentre elas Coca-Cola, Ambev, Nestlé, Klabin e outras.
“O tema da inovação é relevante, mas a capacidade de extrair resultados e valor dessa área é frustrante para a maioria das empresas. O primeiro passo é estabelecer uma linguagem comum sobre o que é inovar. Para o financeiro, inovar é uma coisa, para o marketeiro é outra. Sem o alinhamento do que é inovação para a empresa como um todo, vai ser mais difícil perseguir este objetivo com clareza e disciplina”, iniciou o especialista.
Inovação, apresentou Maximiliano, é transformar novas ideias em resultados. Mas nem todas as empresas conseguem ou precisam seguir o mesmo caminho. Isso vai depender da estrutura da governança, do objetivo que se quer alcançar e algumas outras variáveis.
Para alinhar a linguagem entre os membros do GoNext Herdeiros & Sucessores, Maximiliano apresentou os 4 diferentes tipos de inovação a partir de uma matriz de fácil compreensão:
Desmistificando cada um dos tipos acima, o especialista provocou o grupo de herdeiros e sucessores a explorar o quanto o grau de experimentação e de apostas faz diferença no sucesso da estratégia de inovação. “Fazer algo novo gera uma baixíssima taxa de sucesso. Assim, muitas empresas preferem não se arriscar”, disse.
Mas essa baixa taxa de sucesso não é privilégio das empresas tradicionais. “A cada mil startups que recebem 100 mil dólares de investimento, só 4 dão 50 vezes ou mais o retorno do capital investido. Na startup existem 5 profissionais dedicados a fazer a inovação acontecer. Nas empresas tradicionais, na média empresa, 70% a 90% das tentativas de algo novo fracassa”, explicou.
E por que isso acontece? Segundo Maximiliano, é aí que entra o papel do Conselho de Administração.
Existem 3 causas fundamentais para um baixo desempenho das estratégias de inovação:
Assim, Maximiliano apresenta o que é capaz de ruir a estratégia de inovação em seus primeiros estágios. “Independentemente da sua ambição, você vai precisar de estrutura para alcançá-la. Do contrário, você vai ter uma ambição sem consistência. A maior parte do que tritura a inovação corporativa no café da manhã são aspectos organizacionais: desalinhamentos político-culturais, falta de apoio da liderança, apego ao modelo de negócio. São questões organizacionais e gerenciais, não tecnológicas”, explicou.
Então, se o que falta é direcionamento claro, cabe ao Conselho de Administração realizar este papel, avaliando a coerência da estratégia de inovação.
“O papel do Conselho é cobrar essa coerência, que deve responder: o que nós queremos? Como estamos organizados para alcançar tal objetivo? Como vamos criar condições para essa organização funcionar adequadamente nesse processo? É algo crítico, mas se o Conselho não fizer este papel, pode ser que ninguém o faça”, analisou.
Neste sentido, criar a Governança da Inovação é criar uma abordagem estratégica para direcionar, promover e sustentar a inovação em três etapas que precisam estar coerentes:
Assim, o risco da inovação se mantém, mas ganha-se uma estrutura que suporta uma mentalidade essencial para sucesso nesta área: Análise + Experimentação.
Maximiliano apresentou ecossistemas inovadores para que os membros pudessem criar pontes com os segmentos de seus negócios familiares e disponibilizou um framework de experimentação para teste de hipóteses de criação de valor.
Esse modelo de experimentação apresentado irá ajudar os membros do GoNext Herdeiros & Sucessores a testar hipóteses e movimentar a mentalidade de descoberta dentro de suas organizações.
“Erros em momentos de experimentação são fundamentais para o negócio inovar. É fundamental discernir o erro bom do erro ruim. Se eu não deixar o erro bom acontecer, eu tendo a ignorar sensivelmente a capacidade de inovação da minha empresa. E tornar-se irrelevante a longo prazo é um alto risco a se correr”, finalizou,
O GoNext Herdeiros & Sucessores integra as ações e atividades do GoNext Fórum, uma plataforma por assinatura com foco em conteúdo e relacionamento para reunir líderes de empresas familiares para desenvolvimento contínuo e impulsionamento de negócios.
O ecossistema de experiência da GoNext também oferece, com uma só assinatura, acesso a grupos temáticos para validação e orientação de decisões, viagens de imersão, congressos e oportunidades de escalar redes de contato.
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