Investidores apresentam interesse crescente nos indicadores que comprovam uma empresa madura em relação à ESG. Do inglês, Environmental, Social e Governance, a sigla representa a conduta organizacional de empresas nos parâmetros de responsabilidade ambiental, de contrapartida social e de governança corporativa. Mas, de fato, do que estamos falando quando dizemos que o futuro do mundo dos negócios passa por esses 3 pilares?
Para os empresários mais céticos em relação às tendências de mercado pautadas por investimentos sociais e ambientais, uma questão precisa ficar objetivamente explicada: o ESG não é uma resposta atual às pressões de imagem por discursos politicamente corretos.
Por isso, a GoNext Governança & Sucessão reúne aqui informações que lhe darão contexto para compreender para onde os investidores estão olhando.
Cumprem-se hoje as projeções feitas há mais de uma década
A sigla ESG foi criada há quase duas décadas. Em junho de 2004, um grupo de 20 instituições financeiras com ativos combinados que somavam mais de US $6 trilhões, publicou e endossou publicamente um relatório organizado pelo Pacto Global da ONU intitulado ‘Who Cares Wins: conectar mercados financeiros para um mundo em mudança’.
O foco do relatório é uma série de recomendações, visando diferentes atores do setor financeiro, que procuram abordar a questão central da integração ambiental, social e direcionadores de valor de governança (ESG) em pesquisas e análises do mercado financeiro e investimento.
Esse relatório está disponível de forma gratuita. Para acessar na íntegra, clique aqui.
Hoje, em 2021, já sabemos que eles não poderiam estar mais corretos em suas recomendações.
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma grande lupa para os parâmetros ESG em mercados de capitais ao redor do globo.
Em pesquisa realizada no fim de 2020 pelo HSBC, 30% dos investidores reconheceram a importância da agenda ESG no desempenho das empresas em meio ao enfrentamento da pandemia.
A pesquisa foi realizada com 2 mil entrevistados, representantes de regiões das Américas, incluindo o Brasil, Ásia, Europa e Oriente Médio.
Valor a longo prazo e estratégia de negócio
A governança corporativa é o ponto de partida para conectar o objetivo de negócio à construção de estratégias de posicionamento socioambiental.
Empresas que adotam um projeto adequado e atual de governança apresentam mais eficácia em sua estratégia geral, na gestão de risco e na gestão de todas operações.
E não é difícil enxergar isso. A estruturação de um projeto de governança direciona uma empresa a quatro grandes frentes:
- Transparência: não só com foco nas informações econômico-financeiras, mas também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam as ações gerenciais.
- Equidade: tratamento isonômico para todos os sócios e demais partes interessadas.
- Prestação de contas: diligência e responsabilidade na prestação de contas.
- Conformidade: cumprimento integral de todas as obrigações legais de instituições reguladoras, órgãos públicos e documentos constitutivos da empresa.
É por esses pilares que o G da sigla se torna ferramenta fundamental para uma visão mais ampla e holística do propósito corporativo.
É também por meio dela que criamos as estruturas organizacionais responsáveis por dialogar de forma mais coerente com as demandas atuais e com as inovações que antecipam o futuro.
Os investidores já têm a comprovação do mercado que valor a longo prazo é mais solidamente criado atendendo melhor a todas as partes que influenciam os resultados de uma empresa: investidores, sócios, funcionários, clientes, comunidades, e fornecedores.
Portanto, se a sigla ESG ainda te desafia a saber por onde começar, comece pela governança corporativa. A partir dela, será construída paulatinamente a conduta socioambiental que irá atrair investidores de forma sólida hoje e, no futuro, essa maturidade chegará de forma consistente e sem ruídos que mais confundem do que ajudam.
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