Como escolher o sucessor na gestão da empresa familiar?

04/03/2021 - Por: Redação GoNext
Como escolher o sucessor na gestão da empresa familiar?

Por GoNext

As empresas familiares são uma importante parcela no mercado financeiro brasileiro. Estudos recentes apontam que esse nicho no Brasil cresceu mais do que a média mundial. É o que revela levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC), publicado no final de 2015. Na época, 79% das empresas familiares brasileiras cresceram no período de 12 meses avaliado e 76% delas esperavam franco crescimento nos cinco anos seguintes. A médica global desses aspectos de estudo era de 65% e 85%, respectivamente. Apesar dos altos índices verificados no estudo, um tópico pode ser motivo de preocupação: apenas 11%  das empresas familiares possuem um processo sucessório bem estruturado.

De acordo com Eduardo Valério, diretor-presidente da GoNext Governança & Sucessão, o processo de sucessão é essencial para a boa desenvoltura dos negócios. E a escolha do sucessor é uma das fases mais importantes dessa transição. “Para que o processo sucessório aconteça de maneira exitosa, recomendamos que sejam adotados os seguintes instrumentos e respectivos órgãos: preparação das famílias envolvidas por meio do acordo de família e sócios, prevendo as regras do processo sucessório; preparação do sucedido para que este seja agente e patrocinador do processo; envolvimento do Conselho de Administração como órgão mediador e aferidor; além do desenho do formato de avaliação do desempenho do sucessor”, orienta Valério.

 

Mas como escolher um gestor quando há vários herdeiros disputando o mesmo cargo? O especialista acredita que as competências para o bom desempenho da função na empresa deverão obedecer às descrições formuladas em acordo e a determinação sobre quem deve ser o novo gestor advém das características exigidas pelo cargo. Além disso, segundo Valério, a formulação de um planejamento estratégico pode ser determinante para elencar quais as competências demandadas para chefiar a maioria das funções da empresa. “Em nossos projetos identificamos várias situações muito específicas, já que cada empresa/família tem a sua própria dinâmica. Contudo, podemos afirmar que, dentre os mais de 180 projetos atendidos pela GoNext, a maioria das empresas teve seu sucessor oriundo dos herdeiros (cerca de 65%) . Nos demais casos foram outros familiares não herdeiros (cerca de 15%) e no restante, a função foi exercida por profissional não pertencente à família”, afirma Valério.

Quando a opção para a sucessão é feita visando um executivo de mercado não pertencente à família para assumir a função, dentro das atribuições também é alocado o projeto da sucessão, segundo Valério. “Muitas vezes há um ‘gap’ entre as gerações quando os herdeiros ainda são muito jovens para o processo sucessório. Dessa maneira, a opção é o ingresso de um profissional externo, o que também pode contribuir muito no processo de sucessão, dando aos herdeiros o tempo necessário para avaliarem suas competências e metas profissionais, sem comprometer o rendimento da empresa nesse período”, comenta o especialista.

Por: Redação GoNext

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