A sucessão de um negócio familiar é uma questão importante dentro das organizações e deve ser pensada cedo, quando os fundadores ainda estão no comando. Quantos exemplos existem de negócios que se dissolveram após a perda de um fundador ou divórcios que afetaram todo o contexto empresarial.
As empresas que dão atenção para a governança com critérios técnicos bem definidos e metodologia científica, evitam conflitos familiares, identificam o sucessor adequado e garantem a longevidade empresarial.
“A governança é maneira como a empresa é administrada; diz respeito aos processos, decisões corporativas, formulação de políticas, distribuição de direitos e responsabilidades entre o conselho, gerência, acionistas e partes interessadas. A governança não existe apenas em grandes corporações. Qualquer empresa, independente do porte, deve ter uma governança, que também será crucial para a aplicação de tomadas de decisões estratégicas, como a elaboração do planejamento sucessório, por exemplo”, explica Gilson Faust, especialista em governança corporativa e diretor na GoNext Governança e Sucessão.
Ele explica que a prática da sucessão requer muito planejamento e estratégia para garantir a continuidade da boa gestão em médio e longo prazos. Outro ponto importante é a transição, que deve ocorrer de maneira delicada entre sucessor e sucedido.
“O processo de sucessão de uma organização exige ferramentas metodológicas técnicas e científicas capazes de colocar na mesa as competências e habilidades dos herdeiros. Com base no diagnóstico, os herdeiros são direcionados para as suas competências mais fortes e assim são definidos os seus papéis e responsabilidades no novo ambiente de sucessão”, completa o especialista.
Tipos de Sucessão
“É pertinente entender a diferença entre os tipos de sucessão e traçar um planejamento para alcançar os objetivos e metas da empresa. Com a metodologia aplicada adequadamente, e os passos sendo seguidos dentro do planejamento, o sucesso na execução da sucessão é uma consequência”, explica o especialista.
A sucessão empresarial pode ser dividida em dois grupos: sucessão corporativa e sucessão em empresa familiar.
Ambas representam o rito de passagem que vai transferir o poder de gestão de uma geração de dirigentes para a próxima, seja ela com
membros da família, ou não. É uma fase pela qual todas as empresas que decidiram se manter vivas no mercado vão enfrentar.
Para que tudo ocorra sem prejuízos às organizações, é necessário elaborar um plano de sucessão, que se resume em um processo que consiste em selecionar, preparar e fazer a transição do profissional que assumirá a empresa no futuro.
Qual é o tipo de sucessão ideal para cada empresa?
Escolher entre um herdeiro e um profissional externo é uma tarefa que não deve ser negligenciada e deve ser tratada com o máximo de cuidado para evitar conflitos que possam prejudicar a organização.
“Independentemente do tipo de empresa, é recomendável que esse processo se inicie o quanto antes, pois pode ser a garantia do êxito da transição e a profissionalização da empresa. O plano de sucessão vai proporcionar a capacitação da equipe para desenvolver as funções necessárias em um futuro próximo, pois considera o futuro, o propósito da empresa e a área de atuação”, assegura o consultor.
Seja qual for a escolha definida pela empresa, o mais importante é a adequada preparação do sucessor e do sucedido por meio do investimento em sua profissionalização.