Governança e Sucessão nas Fortunas Familiares: lições a partir da lista Forbes 2025
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A sucessão em empresas familiares é um dos maiores desafios da gestão empresarial no Brasil. Muitas vezes, ela é reduzida ao planejamento patrimonial, ou seja, à organização jurídica e fiscal da transmissão de bens, ações e participações societárias. Embora esse seja um componente importante, limitar a sucessão apenas a essa dimensão é um equívoco que pode comprometer a longevidade do negócio e a harmonia da família empresária.
A experiência da GoNext ao longo de mais de duas décadas acompanhando famílias empresárias comprova: sucessão bem-sucedida é sempre um processo integrado, que vai muito além da divisão de patrimônio.
O que está em jogo na sucessão empresarial
Segundo dados do IBGE, 90% das empresas brasileiras são familiares e respondem por 65% do PIB nacional. Ainda assim, apenas 15% sobrevivem à terceira geração. O motivo está, em grande parte, na falta de preparo dos sucessores e na ausência de estruturas de governança que deem suporte à transição.
Quando a sucessão é tratada apenas como um assunto patrimonial, o foco fica restrito à preservação dos ativos financeiros. Isso pode até evitar disputas jurídicas, mas não resolve dilemas fundamentais: quem vai liderar o negócio? Como os papéis da família, da gestão e da sociedade serão equilibrados? De que forma valores e propósito serão transmitidos para as próximas gerações?
O tripé da sucessão: patrimônio, governança e pessoas
Na prática, a sucessão empresarial deve ser conduzida a partir de três pilares:
Ignorar qualquer um desses pilares significa criar vulnerabilidades que podem comprometer não só o negócio, mas também os vínculos familiares.
O papel da governança na continuidade do legado
Governança corporativa é o elemento que transforma a sucessão em um processo contínuo, e não em um evento pontual. Ela estabelece regras, formaliza responsabilidades e cria fóruns estruturados para decisões estratégicas.
Com conselhos atuantes e protocolos familiares bem definidos, a sucessão deixa de ser vista como um “problema a resolver” e passa a ser encarada como parte natural da evolução da empresa.
Esse modelo também abre espaço para que cada geração contribua com suas competências — da experiência dos fundadores à visão inovadora dos jovens líderes.
Preparação de herdeiros: educação para a vida, não só para os negócios
Outro aspecto essencial é a formação da próxima geração. Mais do que preparar bons gestores, é preciso formar bons cidadãos e sócios responsáveis. Isso envolve transmitir valores como ética, resiliência e responsabilidade desde a infância, mas também oferecer experiências externas que ampliem a visão de mundo e fortaleçam a capacidade de liderança.
Na sucessão moderna, respeitar as vocações individuais é tão importante quanto preservar o legado. Nem todo herdeiro precisa ser gestor; alguns podem contribuir como sócios engajados ou em outras frentes da família empresária. O que não pode faltar é clareza de papéis e comprometimento com o propósito comum.
Por que a sucessão é um processo contínuo
A sucessão não começa quando o fundador decide se retirar. Ela começa no momento em que a empresa familiar entende que seu legado deve atravessar gerações. Trata-se de um processo contínuo de educação, governança e alinhamento estratégico, em que patrimônio, negócios e família caminham juntos.
Reduzir sucessão a um simples planejamento patrimonial é deixar de lado tudo aquilo que realmente sustenta a longevidade: as pessoas, a cultura e a governança.
O diferencial da GoNext
Com mais de 300 empresas atendidas em diferentes setores, a GoNext é referência nacional em governança corporativa, sucessão familiar e profissionalização da gestão. Nossa metodologia descomplicada alia as melhores práticas globais a um olhar profundo para a realidade brasileira, equilibrando tradição e inovação.
Apoiamos famílias empresárias na construção de sucessões planejadas e sustentáveis, que não apenas preservam patrimônio, mas também garantem a continuidade do legado e a prosperidade dos negócios para as próximas gerações.
Artigo assinado por Ademar Cadoso, Diretor de Mercado da GoNext
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