Poucos empresários se atentam ao fato de que 70% das empresas brasileiras encerram atividades por conflitos societários e familiares não resolvidos (PwC).
Ainda assim, persiste o pensamento de que uma empresa familiar tem grandes chances de dar certo e ir mais longe no mundo dos negócios.
Muito dessa crença é sustentada pela pretensa agilidade das tomadas de decisões nessas empresas, fazendo acreditar que resiliência e mentalidade em longo prazo são forças intrínsecas a esses negócios.
Mas a realidade aponta caminhos divergentes. Afinal, apenas um terço das empresas familiares chega à segunda geração e só 5% à terceira (IBGE).
Quais são os fatores que levam os negócios familiares a enfrentarem uma taxa de mortalidade tão alta?
A GoNext apresenta a você seis experiências que, com frequência, impedem a família empresária de criar um legado que atravessa gerações.
Os 6 erros e como evitá-los
1. Falta de preparação dos sucessores
Não existe atalho para uma transição segura e estratégica quando o assunto é o patrimônio e a gestão. Planeje com antecedência para conseguir administrar todos os conflitos e desafios da sucessão.
2. Apego ao poder por parte dos fundadores
Equilibrar razão e emoção na empresa familiar é uma tarefa que exige acompanhamento e suporte profissional.
O apego dos fundadores em relação ao negócio pode impedir a empresa de se desenvolver em diversos aspectos, como, por exemplo, a busca por uma visão independente e externa para guiar o direcionamento estratégico.
3. Insegurança do fundador quanto à competência das novas gerações
Difícil construir confiança e respeito quando não se planeja uma transição a partir de critérios profissionais.
A sucessão planejada garante não só que o sucessor esteja preparado, mas potencializa a confiança dos fundadores na profissionalização e preparo da nova geração.
4. Desinteresse das novas gerações pelo negócio
Os melhores gestores são aqueles que se conectam com os valores da empresa e que apresentam todas as habilidades técnicas e emocionais condizentes ao cargo.
Nem todo herdeiro será gestor – e isso não é algo ruim. Desde que a empresa saiba conduzir uma sucessão estratégica para contratar um gestor externo, experiente e qualificado.
5. Visões divergentes dos sócios em relação ao futuro da empresa
A Governança Corporativa começa pelo Acordo de Sócios, documento que norteia as relações dos familiares como sócios, gestores e controladores.
A ausência desse documento de comum acordo compromete as relações entre os familiares, bem como prejudica o desempenho da empresa diante dos desgastes recorrentes.
6. Falta de comprometimento com o legado da família por parte dos sucessores
Se a nova geração não é convidada a contribuir e a vivenciar o negócio, dificilmente ela desenvolverá um interesse genuíno pela empresa.
Com uma Governança atuante e um plano sucessório, a nova geração começa a enxergar a empresa como uma oportunidade de crescer, desenvolver, inovar e transformar sua própria carreira, sem deixar de lado o legado familiar.
As empresas que não amadureceram nesses seis pontos, poderão enfrentar conflitos e impasses que formam a bola de neve da falência.
Um sistema de Governança Corporativa bem definido é a chave para evitar esses erros e construir uma história de sucesso para as empresas familiares.
Muitas vezes, a resistência em adotar a Governança e um Planejamento Sucessório é resultado da falta de informação.
Por isso, a GoNext mantém vivo o compromisso de descomplicar o caminho das empresas familiares rumo à Governança atuante e a uma sucessão planejada.
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