Mesmo que os herdeiros não queiram os cargos de gestão, é possível garantir a continuidade do negócio familiar. Na verdade, o laço consanguíneo não deve definir o sucessor.
Afinal, existe uma distinção conceitual entre sucessor e herdeiro. Vamos a elas!
- Herdeiros são aqueles que recebem, legalmente e/ou por testamento, a propriedade de bens ou direitos em função do falecimento dos proprietários. Herdar tem a ver com posse.
- Os sucessores são os profissionais preparados para ocupar um cargo, comprovando ter as habilidades necessárias para assumir a função. Suceder tem a ver com atuação.
Planejando a sucessão com um profissional do mercado
Conhecer a fundo esta distinção irá ajudar a primeira geração da empresa familiar a planejar o processo sucessório com mais clareza e objetividade.
Primeiro, porque é muito importante que os herdeiros se sintam à vontade para decidir se querem ou não participar do dia a dia do negócio como gestores.
Se os herdeiros têm outros propósitos e outros desejos profissionais, a família deve apoiar e encorajar a busca pelos seus objetivos.
Em segundo lugar, o negócio precisa continuar e criar uma visão de futuro sólida, estabelecendo padrões profissionais para a alta gestão.
Por isso, o sistema de Governança Corporativa precisa estar presente e atuante.
Quando o modelo de gestão e de controle interno é pautado pela Governança Corporativa, a sucessão se beneficia da cultura organizacional que se cria a partir dessa ferramenta.
Ambientes organizacionais com boas práticas de Governança contam com profissionais escolhidos com base na formação, no perfil de atuação e nas experiências requeridas para conduzir negócios.
Com foco nos resultados dos sucessores, é fácil perceber que escolher um sucessor do mercado não significa abrir mão do legado familiar construído pela empresa.
O diálogo familiar para apoiar uma sucessão bem-planejada
Os fundadores precisam prestar atenção para saber se os herdeiros querem ser mesmo sucessores da empresa familiar.
A primeira geração precisa estimular a conversa aberta sobre a sucessão, espaços seguros nos quais herdeiros e sucedidos expõem suas expectativas e promovem o alinhamento em torno do tema.
Muitas vezes, esse processo cria debates delicados e emocionais. Então, como transformar esses conflitos em oportunidades? Trazendo essas conversas para dentro um acompanhamento especializado.
A sucessão deve ser tratada como um projeto estratégico para a família e empresa, com etapas claras, prazos e indicadores.
Dessa forma, evidências são mais bem acompanhadas e controladas. Os herdeiros participam de uma etapa importante de suporte aos fundadores, e cria-se um processo de preparação adequada para o profissional que será, enfim, o sucessor da gestão.
Assim, todos os integrantes da família passam a compreender com clareza que um sucessor é mais do que um herdeiro. Um sucessor é alguém que:
- conhece os desafios que a empresa tem hoje;
- domina o mercado de atuação da empresa;
- tem repertório e visão para projetar o planejamento dos próximos anos;
- reúne as competências necessárias à superação destes desafios.
O legado da família não está em risco porque os herdeiros não querem a gestão.
Os consultores seniores da GoNext podem dar o suporte necessário para a sua família planejar, com calma, a longevidade do negócio.
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