Engana-se quem enxerga no campo sinônimo de atraso. Pelo contrário, as fazendas e empresas que representam o agronegócio brasileiro lideram, na economia, muito mais do que uma contribuição significativa para o PIB (23%), mas um avanço na diversidade com lideranças femininas ocupando nível recorde na alta gestão.
Atualmente, as mulheres representam 34% dos cargos de liderança em fazendas, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas.
Este número supera o do cenário geral da economia, que conta com 27% de mulheres na alta gestão (Deloitte).
Mas, afinal, o que torna o agronegócio um terreno fértil para essas transformações? A GoNext apresenta a você o impacto da profissionalização da gestão e da sucessão planejada nas empresas do campo.
Por muito tempo, a lógica patriarcal dominou o empreendedorismo no campo.
Famílias tradicionais conseguiram construir negócios sólidos, mas o mercado e os consumidores passaram a exigir atualizações drásticas no modelo de gestão do agronegócio.
A demanda por governança, práticas sustentáveis e novos parâmetros de eficiência tiveram impacto decisivo nessas atualizações.
Na prática, as últimas décadas foram altamente desafiadoras para a gestão das empresas do campo, exigindo uma nova mentalidade para alcançar diferencial competitivo.
“O agronegócio tem uma característica forte no Brasil, em sua grande maioria são negócios familiares e que, até pouco tempo, seguiam uma estrutura patriarcal. Isso mudou e mudou rapidamente. Atualmente as mulheres estão à frente desses negócios e pesquisas já mostram que, na percepção delas, a questão de gênero não tem mais relevância nos negócios familiares e nos processos de sucessão”, afirma Gilson Faust, executivo da GoNext.
Esse novo momento surge com a profissionalização da gestão, que coloca em pauta o preparo e o desenvolvimento de competências e habilidades para os cargos de liderança, além de definir padrões rigorosos de responsabilidades e deveres de cada cargo.
No entanto, essa atualização extrapola o impacto no presente, a profissionalização da gestão orienta os negócios para um futuro de equilíbrio, longevidade e alinhamento competitivo com o mercado.
Parte desse processo está na estruturação de uma sucessão planejada para garantir que o patrimônio e a gestão estejam seguros no longo prazo.
A sucessão é um dos fatores que contribuíram para o aumento do número das lideranças femininas no agronegócio.
As sucessoras do campo estão sendo preparadas com antecedência, participando e se envolvendo no cotidiano da fazenda e nas decisões de negócio.
Da mesma forma, os sucedidos estão cada vez mais familiarizados com as oportunidades de contribuição para o negócio mesmo após deixarem a gestão.
Assim, as duas gerações conseguem equilibrar harmonia e desempenho no negócio. O resultado disso são gestoras bem preparadas e sucedidos confiantes de que o negócio está em boas mãos.
A sucessão planejada estabelece, conduz e gerencia as etapas desse movimento, transformando a cultura de todo o ambiente empresarial. E o impacto dessa transformação já é sentido pelas mulheres gestoras do campo para além do próprio cargo.
O agronegócio vem se atualizando em diferentes esferas, como mostrou a pesquisa “Governança e gestão do patrimônio das famílias do agronegócio”, realizada pela Fundação Dom Cabral, em 2022.
Para 69% das mulheres que atuam em cargos de liderança no agronegócio brasileiro, o gênero não é relevante na tomada de decisões sobre o uso do dinheiro e de investimentos nas famílias empresárias.
Para 81% delas, o gênero também não é um atributo relevante no processo de sucessão, garantindo que o comando do negócio esteja nas mãos da pessoa mais preparada para o cargo.
Ainda, 83% das mulheres das novas gerações alegam encontrar uma cultura de abertura para assumir posições de chefia.
A agenda de atualização do agronegócio segue uma velocidade ímpar na economia brasileira. Sua família empresária pode acompanhar e liderar esse movimento com o suporte dos consultores seniores da GoNext Governança & Sucessão.
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