Por que sucessão não é só planejamento patrimonial
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O setor da Construção Civil esteve no centro do debate ético do cenário socioeconômico nos últimos anos. As empresas mais maduras e estruturadas, no entanto, estão conseguindo manter o segmento como um dos principais indutores de um crescimento econômico mais sólido neste ano de retomada.
A prova é o PIB da construção civil em 2021, que subiu 7,6%, com fortes previsões positivas para o fechamento do primeiro semestre de 2022. E essa curva de crescimento tem sido amparada pela adoção das práticas da Governança Corporativa para empresas de Construção Civil.
No Brasil, o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) considera, dentro das melhores práticas de Governança Corporativa, que toda empresa deve ter:
Essa estrutura, quando bem organizada, consegue abranger e impactar todos os capitais do negócio (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental).
Assim, com boa Governança Corporativa, a construtora e demais empreendimentos da Construção Civil conseguem cobrir pontos de risco que abalam os resultados comerciais e a reputação do negócio, como pagamentos impróprios, segurança de informações privilegiadas, fraudes em concorrências, atividades políticas, nepotismo etc.
Escândalos de corrupção colocaram uma lupa sobre o setor e aceleraram a demanda por Governança Corporativa.
Ainda em 2014, a Camargo Corrêa foi uma das primeiras construtoras a fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), atendendo a rígidos mecanismos de combate à corrupção que, ainda hoje, contribuem para o desmonte de diversas redes de corrupção na área da Construção Civil.
Andrade Gutierrez, AG Engenharia e outros grandes players do mercado da construção também passaram pelo mesmo caminho.
A Odebrecht, atual Novonor, é um bom caso de estudo para mostrar como a Governança atua para as construtoras.
Depois dos escândalos de corrupção, a Odebrecht criou um Conselho Global como estratégia para mostrar aos seus stakeholders que as mudanças culturais que precisavam acontecer na empresa seriam conduzidas com credibilidade.
A Governança Corporativa propõe estruturas organizacionais capazes de blindar os negócios da Construção Civil dos riscos mais comuns e mais complexos das políticas de compliance do segmento.
Por isso, a Governança Corporativa deve ser encarada pelas construtoras como um processo vital para o bom desenvolvimento de todos os negócios da companhia e para a harmonia de todas as relações profissionais e pessoais.
O primeiro passo prático é orientar os proprietários e fundadores das empresas a desenvolverem um entendimento claro de quão distintos são os papéis do controlador, do gestor e do sistema familiar em cada negócio.
Para além da ética empresarial, as demandas socioambientais estão nas mesas dos diretores e administradores das construtoras e demais negócios da Construção Civil.
O setor é responsável por mais de um terço do consumo global de energia e quase 40% do total de emissões de CO2, segundo a International Energy Agency (IEA ou Agência Internacional de Energia).
No Brasil, as construtoras estão se apoiando em metas globais para obtenção de selos de sustentabilidade e de eficiência energética para consolidar ao máximo externalidades positivas nos âmbitos sociais e ambientais.
Mas, apenas buscar certificações específicas, não é o bastante para a complexa tarefa de uma busca permanente por coerência na sua atuação.
A sociedade, os investidores, fornecedores, parceiros, clientes querem saber se o que é esperado da construtora é o que ela pratica no dia a dia.
Para dirigir, monitorar e incentivar avanços socioambientais com uma eficaz gestão de riscos e total adequação legal e regulamentar, é preciso criar parâmetros profissionais de relações entre sócios, conselho de administração, diretoria, familiares, órgãos de fiscalização e controle, e demais stakeholders.
O que confere sintonia a todos esses pontos é a Governança Corporativa. O ‘G’ é a base do ESG (ASG em português, que significa os indicadores Ambientais, Sociais e de Governança).
A GoNext Governança & Sucessão já realizou mais de 180 projetos de Governança Corporativa e Planejamento Sucessório no Brasil e nos Estados Unidos, e conta com consultores seniores com mais de 25 anos de mercado.
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