3 cuidados essenciais para aprimorar a liderança nas empresas familiares
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Anitta no Conselho de Administração do Nubank. Artigo do fundador e CEO da GoNext, Eduardo J. Valério
Se você rolou o feed de alguma rede social nos últimos dias já deve saber que a cantora, compositora e empresária Anitta agora compõe o Conselho de Administração (CAD) do Nubank. O anúncio aconteceu na última segunda-feira, 21.
Como parte do CAD, Anitta irá participar de reuniões trimestrais com a diretoria para auxiliar nas decisões estratégicas sobre o futuro do Nubank.
As mentes mais conservadoras podem avaliar única e exclusivamente o viés do marketing por trás do anúncio. Afinal, Anitta atrai atenção e um público diversificado, o que pode ampliar a conexão com a marca.
Mas um Conselho de Administração tem um papel muito importante no auxílio da liderança de uma empresa a estabelecer planejamentos e boas práticas de governança corporativa.
Então, não se trata apenas de uma ação de marketing. Incluir Anitta no time de conselheiros tem tudo a ver com o projeto de governança do Nubank.
Quando não sabemos para onde caminhar ou quais cenários avaliar para tomar uma decisão, geralmente perguntamos para uma pessoa que tenha afinidade com o tema.
Assim funciona um Conselho de Administração. E o Nubank, sabendo muito bem disso, está investindo em um CAD que aposta na diversidade (de gênero e de experiências de mercado) para direcionar decisões de sucesso.
Segundo David Vélez, CEO e fundador da empresa, Anitta representa um “profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que têm explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras. Essas competências foram chave para a convidarmos para o Conselho.”
Anitta é a terceira mulher a compor o CAD da principal fintech da América Latina. Além da cantora, também estão no board:
Outros nomes que dão peso ao CAD da empresa são Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil e Luis Alberto Moreno, ex-presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Hoje, a fintech é o maior banco digital independente do mundo, com mais de 40 milhões de clientes. E apesar do alto poder de adesão no mercado, há pouco tempo, a empresa sentiu o peso da falta de visões múltiplas em suas decisões de negócio.
Durante uma entrevista para o Roda Viva, da TV Cultura, no ano passado, Christiane Junqueira, cofundadora do Nubank, ao responder sobre a falta de negros no alto escalão da empresa, foi altamente criticada por argumentar que o nível de exigência para se trabalhar no banco é alto e que não dá para “nivelar por baixo” – apontando principalmente a falta de uma língua estrangeira.
Não podemos confirmar se a Anitta chega ao board como uma resposta a este episódio em específico. Mas sabemos que a marca da Anitta está em um processo bem-sucedido de internacionalização, com produtos em diferentes línguas.
A cantora e empresária de 28 anos, com fortuna estimada pela Forbes em R$ 533 milhões, já navega pelo ambiente empresarial há muito tempo. É CEO de sua própria carreira, é líder de Criatividade e Inovação da Skol Beats, marca da cervejaria Ambev, além de palestrante sobre desenvolvimento de marcas e planejamento de carreira.
A Governança Corporativa é um organismo vivo capaz de criar respostas eficazes para os desafios reais dos negócios. Por isso, o CAD precisa dar conta de trazer para o board aquilo que a empresa tem dificuldade de traduzir em resultado.
Pelo visto, o Nubank entendeu que “nivelar por baixo” mesmo é não colocar governança e diversidade na mesa de decisões.
Foto: Reprodução Nubank
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