3 cuidados essenciais para aprimorar a liderança nas empresas familiares
Para conseguir alcançar objetivos empresariais é preciso ter, acima de tudo, uma boa liderança. No entanto, existem desafios específicos para...
Por Eduardo Valério
Um dos instrumentos de governança corporativa mais indicados durante o processo de sucessão é o Conselho de Administração (CAD). Responsável por auxiliar a equipe diretora com relação à definição de estratégias e tomada de decisões, o conselho atua com o objetivo de zelar pela “saúde” da empresa, trabalhando de forma independente dos membros da diretoria. A instituição do CAD tende a ser muito benéfica para os negócios, uma vez que os representantes do conselho contribuem de maneira significativa para captação de valor da empresa para o acionista, melhorando, assim, a expectativa de longevidade da empresa familiar.
A formação do CAD está intimamente ligada ao momento pelo qual a empresa passa. É preciso observar se há a necessidade iminente de transição societária; se os membros da família estão em sintonia com o planejamento estratégico e entre si; bem como se há a necessidade de agregar competências específicas à gestão do negócio. A partir desse diagnóstico é possível saber se a empresa precisa efetivamente da formação de um conselho. Nos projetos em que já atuei frente à GoNext Governança & Sucessão, cerca de 90% demandou a implantação do CAD. A partir disso, foi possível verificar que os negócios tornaram-se mais equilibrados e, consequentemente, houve um avanço no fluxo de caixa, que em média dois anos após a instauração do conselho, apresentou melhora de até 30%.
Esse cenário é totalmente positivo para as empresas familiares. Isso porque, com a entrada de conselheiros externos e com experiência de mercado, a avaliação diagnóstica e ações são isentas, com condutas sempre voltadas às melhores tomadas de decisão e visando o bem da empresa em todos os âmbitos, seja social ou financeiro. Para que a atuação do CAD seja um sucesso, alguns pontos devem ser levados em consideração. São eles: produção de um planejamento de pautas; fornecimento de atribuições claras aos membros do conselho; implantação de um sumário executivo, com o qual é possível acompanhar o desempenho da empresa; e abertura para que os conselheiros possam gerenciar projetos e opinar de maneira democrática. Essas ações, aliadas a um bom critério de seleção de membros do CAD, geralmente trazem excelentes resultados para a empresa familiar, reestruturando processos e contribuindo para sua solidificação no mercado.
Eduardo Valério é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Estratégia e Marketing pela Kellogg School of Management, especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares pela The Wharton School, Pennsylvania e especialista em Gestão pelo Insead. Eduardo é diretor-presidente da GoNext, especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa em empresas familiares
Para conseguir alcançar objetivos empresariais é preciso ter, acima de tudo, uma boa liderança. No entanto, existem desafios específicos para...
A sucessão gera muitos pontos de interrogação dentro das empresas, principalmente, nas familiares. Essas dúvidas vão desde a melhor maneira de...
Muitos empresários tentam desvendar o que está por trás da sigla ESG (que representa os indicadores Ambientais, Sociais e de Governança...