3 cuidados essenciais para aprimorar a liderança nas empresas familiares
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Março de 2021 marca uma nova fase para a gestão do Grupo Boticário. A partir deste mês, Artur Grynbaum deixa a posição de CEO, após mais de uma década à frente da gestão executiva, e se torna vice-presidente do Conselho de Administração. A decisão havia sido anunciada em dezembro de 2020, no mesmo momento em que a companhia celebrava faturamento e parcerias ímpares, mostrando que o planejamento sucessório pautado pelas melhores práticas de governança corporativa gera credibilidade, segurança e resultados.
O sucessor de Grynbaum na posição de CEO é Fernando Modé, que atua há mais de 20 anos na companhia.
O Grupo Boticário é uma empresa familiar de sucesso, que investe em estruturas organizacionais responsáveis pela manutenção de anos de credibilidade junto a seus franqueados, parceiros e subsidiárias.
O Boticário foi fundado há 44 anos pelo empresário Miguel Krigsner, quando o negócio ainda era uma farmácia de manipulação localizada em Curitiba.
Em 2008, a companhia contava com 3 mil lojas no Brasil e investimentos massivos na expansão de seu modelo de negócio para além do segmento da beleza. Naquele mesmo ano, Grynbaum assumiu a presidência da marca O Boticário, e depois do Grupo Boticário, em 2010.
Em depoimento publicado na Época Negócios em 2014, o fundador da empresa explica a relevância do planejamento sucessório nos resultados positivos do processo, que demorou 8 anos. “Em um país com sobressaltos econômicos, é preciso se adaptar rapidamente às grandes mudanças. E, no caso de uma empresa de cunho familiar como a nossa, a convivência familiar equilibrada é a chave para a continuidade”, explicou.
A relação de segurança com os franqueados foi decisiva para um processo sucessório gradativo e profissional. Segundo Krigsner, a companhia precisava nutrir uma relação de confiança nessa transição, pois os franqueados não podiam perder a segurança de que a marca estava se fortalecendo e não sendo vendida para gestores pouco alinhados com a entrega da empresa.
“Era preciso passar tranquilidade para que eles continuassem investindo na companhia. Por isso o processo demorou anos”, argumentou o fundador e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário.
Artur Grynbaum começou a trabalhar no Boticário como office boy a convite do Miguel Krigsner. Depois tornou-se assessor, integrou diferentes áreas da companhia e assumiu a presidência. A transição para CEO demorou anos para acontecer, mas resultou em ganhos estratégicos para que o Grupo Boticário se tornasse o que é hoje,
Grynbaum foi o líder do processo de transição do O Boticário em Grupo Boticário, em 2010, expandindo negócios com diferentes marcas para novos perfis de consumidores no segmento de beleza.
Em depoimento no LinkedIn, Artur Grynbaum comenta a visão da companhia sobre a nova sucessão. “Como eu gosto de brincar, aqui no Grupo Boticário, a gente mexe sim no time que está ganhando e, para seguir construindo o nosso futuro todos os dias, pensar na minha sucessão era essencial para o sucesso do nosso negócio”, pontuou.
O novo CEO, Fernando Modé, passou a integrar a companhia em 1999 na área jurídica. Anos depois, em 2004, tornou-se CFO, assumindo voz na direção financeira do negócio. O cargo de CFO já havia sido ocupado por Grynbaum.
A trajetória técnica dos sucessores no Grupo Boticário mostra a profunda maturidade de suas estruturas de governança. Segundo Eduardo J. Valério, diretor-presidente da GoNext, “a presidência executiva deve ser formada por critérios absolutamente técnicos. Alguns autores, como Ram Charan, observam que o processo sucessório demora 15 anos para ser realizado, outros falam em 5 anos, mas, na minha experiência, o prazo médio para a efetivação desse processo é de 7 anos. Deve-se considerar que o processo de
sucessão é um ato contínuo”.
A GoNext Governança & Sucessão realizou mais de 180 projetos de implantação das melhores práticas de governança corporativa e sucessão. Cada projeto traz características próprias, mas os fundamentos implementados são basicamente os mesmos: separação e harmonização das questões familiares, societárias e gestão, com base em instrumentos de governança corporativa cuidadosamente desenhados e implementados.
A disciplina e a eficiência das estruturas organizacionais que avaliarão esse processo sucessório dependem da qualidade dos parâmetros de governança aplicados.
Se a sua empresa precisa investir em perenidade, preservação de patrimônio e expansão de negócios, é hora de iniciar um plano sucessório. Conte com a GoNext para atravessar este desafio com segurança e credibilidade.
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