Prejuízos do Paternalismo na empresa familiar e como superá-los?

28/02/2023 - Por: Redação GoNext
Prejuízos do Paternalismo na empresa familiar e como superá-los?

Os executivos das empresas familiares precisam estar em constante trabalho de autoavaliação. Afinal, é a partir das atitudes da liderança que vamos conseguir compreender como são conduzidas as decisões de negócio e a cultura organizacional.

 

Dentre as diversas formas de condução das decisões estratégicas e de conduta corporativa, persiste um perfil prejudicial de comportamento: o paternalismo.

 

Para entender o impacto negativo do paternalismo nos resultados da empresa e na harmonia familiar, vamos retratar neste artigo:

 

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O que é paternalismo

A raiz dos prejuízos do paternalismo no ambiente empresarial está na importância de dois fatores estratégicos para qualquer negócio de sucesso: meritocracia e profissionalismo.

 

A prática do paternalismo aparece de várias formas em todos os perfis de negócios, mas, nas empresas familiares, ganham outra proporção, justamente por ser um ambiente permeado também por relações pessoais e laços consanguíneos. 

 

Para identificar esse tipo de comportamento, basta verificar se há “dois pesos e duas medidas” para a remuneração, plano de carreira, autonomia profissional e outros aspectos, entre os profissionais da família e os demais trabalhadores do negócio.

 

Normalmente, tudo o que chamamos de privilégio familiar nesses negócios pode ter conexão com uma liderança paternalista.

 

Mas é importante observar que o paternalismo não aparece só em forma de “proteção” aos familiares, mas também na alta cobrança por resultados e na exigência de que o familiar não pode errar na empresa.

 

Seja para privilegiar, seja para exigir mais desempenho, a prática gera um ambiente de alta desconfiança, e o líder paternalista logo perceberá que a empresa será prejudicada em diferentes frentes:

  • a falta de profissionalismo para direcionar as decisões (salários, resultados, feedbacks etc.) afasta boas parcerias e investidores;
  • profissionais da família que não são desenvolvidos corretamente comprometem resultados e a sucessão;
  • profissionais externos à família que não se sentem engajados no longo prazo com a empresa comprometem o fortalecimento do negócio no mercado;
  • um ambiente empresarial em que a autoavaliação (da alta gestão e de todo o quadro de funcionários) não é uma prática constante.

 

Não confundir com Paternidade

 

Agora que já passamos pelos cenários que indicam a existência de um líder paternalista, precisamos separar paternalismo (diferentes formas de tratar, proteger, cobrar e remunerar os funcionários) com paternidade (laços de sangue). 

 

Paternalismo não é uma característica intrínseca a um ambiente com laços de sangue. Muitas empresas familiares estruturam modelos de gestão baseados em meritocracia, avaliação constante e imparcial de todos os profissionais, e profissionalização.

 

Quando há paternalismo na empresa é a falta de meritocracia que está em jogo, inserida também por uma hipervigilância de todos os profissionais, cabendo, somente ao líder, decisões que precisam ser debatidas em diferentes fóruns e tomadas de forma profissional, não de acordo com o que o líder “acha melhor”.

 

Riscos do Paternalismo à cultura organizacional

Agora, vamos nos aprofundar mais nos prejuízos, começando pela cultura da empresa.

 

Os líderes familiares precisam ter em mente que os principais fatores críticos de sucesso de uma cultura empresarial saudável para o negócio e para as pessoas estão nas atitudes dos membros da alta gestão.

 

Assim, gestores precisam driblar o ego e focar em processos de autoavaliação para garantir que seus comportamentos impulsionem, de maneira positiva, a cultura organizacional.

 

Do contrário, corre-se o risco de que o comando, no dia a dia da empresa, resulte em acionistas e sócios insatisfeitos com os resultados e profissionais que não respeitam o modelo de gestão do negócio. 

 

Riscos do Paternalismo à sucessão

O paternalismo gera impactos no futuro do negócio.

 

No momento da sucessão, por exemplo, como será decidido o sucessor que assumirá a gestão?

 

A regra é só uma: primar pela meritocracia, escolhendo o sucessor baseado apenas em competências e habilidades condizentes com as demandas do cargo.

 

“Felizmente, a maioria dos empresários já obteve o entendimento de que, na empresa, há apenas espaço para profissionalismo com base em um conjunto de competências atreladas à estratégia”, explica Eduardo Valério, presidente de Conselho e fundador da GoNext.

 

Apesar de cada vez menos comum, alguns fundadores e familiares têm dificuldade em aceitar a necessidade da separação completa das relações pessoais das decisões profissionais.

 

O resultado pode ser um sucessor que não passou por um programa completo de desenvolvimento em vários aspectos:

  • características comportamentais e de liderança;
  • desenvolvimento técnico de competências;
  • planejamento de carreira e gestão.

 

A GoNext conhece a fundo os desafios do dia a dia e o plano de futuro das empresas familiares.

 

Para cada desafio e momento de desenvolvimento do negócio familiar, nós temos uma solução.

 

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