Para manter um negócio ativo, por mais simples que seja a operação, você vai precisar de alguma infraestrutura tecnológica, de energia elétrica, além de produtos e serviços que formam uma longa cadeia econômica de valor.
Olhe em volta. A mesa, o computador, o celular, os papéis e outros itens que você enxerga agora tiveram, em sua produção, alguma emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.
A Pegada de Carbono é a unidade de medida que consegue calcular como cada um desses itens impactou o meio ambiente, a partir da emissão de metano (CH4) ou dióxido de carbono (CO2), por exemplo.
A GoNext criou um guia pautado pelas principais dúvidas dos empresários para auxiliar você a compreender, reduzir e neutralizar a pegada de carbono nas empresas familiares.
Todo empresário experiente sabe que, para gerenciar com excelência, é preciso medir. Com isso em mente, amadurecendo a capacidade de gerir o impacto ambiental da sociedade, a Pegada de Carbono foi criada na década de 1990, pelo pesquisador canadense William Rees em parceria com o suíço Mathis Wackernagel.
A iniciativa buscou medir a quantidade de gases de efeito estufa emitidos por um indivíduo, organização, evento ou produto. Assim, seria possível quantificar o impacto ambiental de pessoas e negócios usando, como medida, toneladas de CO2.
Pesquisadores e diferentes estudos apontam esses gases como os principais aceleradores das mudanças climáticas.
A expressão Pegada de Carbono, no entanto, só ficou popular no início dos anos 2000, com a divulgação realizada pela BP, empresa americana do setor de energia com foco nos segmentos de petróleo e gás.
Desde então, os negócios de todo o planeta começaram a ser pressionados para avaliar, de forma pragmática, o impacto de carbono de suas operações. O objetivo, além de mensurar, é criar estratégias que busquem a redução a zero (mais conhecida pela expressão Net Zero) ou a neutralidade de carbono.
A redução é cortar, de vez, aquele ponto de emissão. Já a neutralidade é a ação de compensar suas emissões de gases de efeito estufa de outra maneira.
Para fins de neutralidade, o mercado financeiro e os governos criaram, então, os impostos verdes e o crédito de carbono equivalente a uma unidade de gás do efeito estufa, ou uma tonelada de CO2.
A depender da operação do negócio, o desafio é grande. Afinal, o mercado de crédito de carbono é vantajoso para grandes empresas, mas oneroso para médias e pequenas.
Além disso, ações como economia de energia ou troca por energia renovável, reutilização da água, separação adequada dos resíduos e direcionamento dos mesmos não são o bastante para neutralizar o impacto de operações mais complexas, como as industriais, por exemplo.
Mas existem caminhos.
Para as empresas que querem diminuir o impacto de seus negócios no meio ambiente, o primeiro passo é criar o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Essa ferramenta quantifica as emissões e avalia a pegada de carbono das operações de uma empresa.
O cálculo desse inventário considera operações diretas e indiretas da companhia. Para tornar a leitura mais clara, conheça as 3 etapas do Inventário:
1 – Fontes Diretas: geradores próprios da planta do negócio; processos industriais de alta demanda energética; frota de veículos da empresa; desmatamento e uso de solo nas atividades agrícolas; tratamento de resíduos líquidos;
2 – Consumo de Energia Indireto: fontes que provocam emissões indiretas pelo consumo de energia elétrica do negócio;
3 – Emissões Indiretas: viagens de negócios e deslocamento da equipe; transporte de matéria-prima e distribuição de bens e produtos; destinação de resíduos sólidos.
Na etapa 3 do Inventário de Emissões de GEE, toda a cadeia de valor do negócio deve ser avaliada.
Essa análise abrange todo o ciclo de vida da operação do negócio, viabilizando o mapeamento e identificação dos impactos causados pelas atividades em cada etapa do processo, incluindo a operação terceirizada.
É importante ressaltar que a pegada de carbono tornou-se um importante indicador ambiental para auxiliar as empresas a perceberem os impactos causados por suas atividades em toda a cadeia de valor, incluindo suas bases de fornecedores e afins.
Interessado em aprofundar o seu conhecimento e conscientização? Agora, vamos explorar alguns casos de sucesso para inspirar você e sua empresa familiar a amadurecer sua gestão de impacto ambiental a partir da pegada de carbono.
O Google, líder global em tecnologia, conseguiu eliminar sua pegada de carbono em 2020, em um anúncio inédito no mercado.
Ela se tornou a primeira companhia de grande porte a conseguir eliminar totalmente o legado de emissões de carbono. Na prática, isso significa que a empresa atingiu o marco zero de emissões considerando a pegada de carbono acumulada desde sua fundação.
A estratégia do Google foi comprar compensações e investir em iniciativas de energia sustentável, como unir energia eólica e solar, aumentar a armazenagem de baterias e investir em compensações de carbono de alta qualidade.
Por outro lado, algumas companhias ainda não conseguiram tal feito, mas assinam compromissos ambiciosos de zerar as emissões até 2030, 2040 e 2050.
Diante do que você aprendeu até aqui, consegue imaginar saídas para inserir sua empresa familiar em um processo global de minimização do impacto ambiental de negócios?
Para a maioria das médias empresas familiares, o desafio é incorporar a sustentabilidade em toda a cadeia de valor do negócio, criando alternativas ecologicamente viáveis para a longevidade.
Mas, apesar do desafio, é preciso moldar um novo olhar para o futuro, com empresas que coloquem a responsabilidade corporativa na linha de frente dos seus modelos de negócios.
Para criar uma alternativa eficaz e bem-sucedida na sua empresa familiar, comece por uma Governança Corporativa atuante.
A GoNext conduz empresas familiares do zero às boas práticas de Governança.
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